COMUNICADO | Conclusões do XXVI Encontro Nacional da ANFUP
31 de maio de 2025 — Faculdade de Medicina Veterinária, Universidade de Lisboa
O XXVI Encontro Nacional da ANFUP contou com a participação dos membros da direção nacional, com os membros das direções das delegações regionais e com mais de uma centena de associados, presencialmente e por streaming. Contou ainda com a presença institucional do Presidente da Direção Nacional da ANFUP, Joaquim Ferreira, do Senhor Reitor da Universidade de Lisboa, Prof. Doutor Luís Ferreira e do Senhor Presidente da Faculdade de Medicina Veterinária, Prof. Doutor Rui Caldeira, que intervieram na sessão de abertura, e, ainda, com a presença do Senhor Presidente da Associação Nacional de Beneficiários da ADSE (Ass. 30 de Julho), Dr. Fernando Medeiros e com a representante no Conselho Geral e de Supervisão da ADSE, Eng.ª Rosa Maria, nos debates, que abordaram as questões da ADSE e Saúde e Bem-Estar de toda a Academia.
Após um debate franco e construtivo, envolvendo membros da ANFUP com diferentes níveis de responsabilidade nas Instituições de Ensino Superior (IES), foram consensualmente aprovadas as seguintes conclusões:
1. Reconhecimento da Relevância dos Técnicos Especialistas e de Gestão (TAG/TEG)
Foi reiterado o papel essencial dos Técnicos Especialistas e de Gestão para o funcionamento eficiente das IES, sendo que cabe a estes profissionais assegurar, entre outras funções, a manutenção e gestão das instalações, a gestão de recursos humanos, gestão de projetos, gestão académica, gestão financeira, gestão de serviços sociais, a gestão técnica e a manutenção e gestão laboratorial, entre outras funções técnicas muito exigentes, que fundamentam a necessidade de criação de uma carreira especial para o pessoal técnico, especialista e de gestão do ensino superior.
2. Principais Problemas Identificados: Valorização das carreiras, combate à estagnação profissional e salarial e substituição ou reformulação do SIADAP.
Apesar do reconhecimento da sua importância, este corpo técnico, administrativo, especialista e de gestão, enfrenta vários entraves, desde logo:
ü a estagnação nas carreiras, colocando em idêntica base salarial profissionais com 20 ou mais anos de serviço, quando comparados com os colegas recém ingressados na Administração Pública;
ü a aplicação do SIADAP que tem vindo a ser percecionado como um sistema injusto e desmotivador, desvalorizando o mérito e perpetuando desigualdades entre trabalhadores;
ü a falta de enquadramento legal para o exercício de cargos de direção em associações profissionais como a ANFUP, dificultando a participação associativa ativa de muitos colegas;
ü participação marginal no processo de revisão do RJIES, traduzida numa representação considerada irrisória, senão mesmo desrespeitosa, nos órgãos consultivos e de governo das IES.
3. Responsabilidade Social e Laboral | Comparticipação das entidades empregadoras para a saúde e bem-estar dos trabalhadores.
Consideramos ser essencial a contribuição das IES e de todas as entidades empregadoras do setor público para a saúde e bem-estar dos seus trabalhadores e de todas e todos aqueles que, ao longo de décadas, foram desgastando a sua saúde em prol e benefício de um Serviço Público de elevada qualidade, bem como a criação e implementação de mecanismos que mitiguem os riscos em matérias de saúde e bem-estar laboral e que ajudem a melhorar de forma transversal o clima organizacional, designadamente através de uma comparticipação das entidades empregadoras para ADSE, de modo a poder ser melhorada a acessibilidade e diversidade dos serviços de saúde e bem-estar a disponibilizar aos trabalhadores e aposentados da Administração Pública.
Só é possível prestar um serviço público de boa qualidade e com bons níveis de produtividade, se os funcionários se mantiverem saudáveis e em situação de bem-estar, estando demonstrado através de estudos científicos que as entidades empregadoras que se envolvem e contribuem para a saúde e bem-estar dos seus trabalhadores e que desenvolvem programas de desenvolvimento profissional que incluem componentes de saúde e bem-estar, acabam por apresentar melhores níveis de qualidade dos serviços públicos prestados e por aumentar significativamente a produtividade, a eficácia e a satisfação no trabalho (Effertz, 2019).
4. Deliberação Final
Pelos motivos e fundamentos expostos, a ANFUP, no seu XXVI Encontro Nacional, deliberou promover uma ampla mobilização de todos os trabalhadores das IES, com o objetivo de, legitimamente, trabalhar e articular estas matérias com as diversas entidades envolvidas, designadamente junto da Tutela e dos Grupos Parlamentares, CRUP, CCISP, Reitores e Presidentes das IES, CD ADSE, entre outros, com vista a fazer valer as legítimas reivindicações dos trabalhadores, exigindo-se uma participação justa e equitativa nos órgãos de decisão das IES e garantir que o contributo dos Técnicos Especialistas e de Gestão seja valorizado de forma efetiva e digna.
A ANFUP reafirma o seu compromisso com a defesa dos direitos e da valorização profissional dos seus associados e continuará a lutar por um ensino superior mais justo, inclusivo e equilibrado.
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